Bridgestone reduz produção em 20% na Europa. E pode reduzir mais.

A crise econômica que assola a Zona do Euro e o desempenho atípico da economia chinesa acenderam as luzes amarelas na Bridgestone.

A crise econômica que assola a Zona do Euro e o desempenho atípico da economia chinesa acenderam as luzes amarelas na Bridgestone.

Em entrevista ao jornal norte-americano The Detroit News, o CEO da maior empresa de pneus do mundo, Masaaki Tsuya, destacou que a companhia pode ampliar os cortes de produção neste segundo semestre. 

“Já reduzimos a produção na Europa neste segundo trimestre em função de uma demanda em queda e caso seja necessário faremos novas reduções no terceiro e quarto trimestres”, disse Tsuya ao The Detroit News.

O que mais preocupa o CEO da Bridgestone é o que é conhecido no mercado financeiro como efeito dominó, ou seja, que a crise que toma conta da Europa, principalmente na Espanha e Itália, venha a contaminar os demais mercados globais. 

Vale lembrar que aqui no Brasil diversas ações anticíclicas vêm sendo tomadas pelo governo brasileiro, como a redução gradual das taxas de juros, a melhora da taxa de câmbio e o incentivo do IPI menor, mas de uma certa forma todas as economias globais já estão sofrendo o impacto da crise europeia. 

O The Detroit News destaca que a Bridgestone já cortou 20% de sua produção na Europa neste segundo trimestre, sendo que a Europa tem um peso de 14% na geração de receitas da empresa japonesa, ante 23% do mercado japonês. 

Tsuya destaca que a meta de crescimento de 63% nas receitas programadas para este ano continuam de pé: são 168 bilhões de ienes, o equivalente a US$ 2,1 bilhões.  

Segundo o CEO, apesar do contexto econômico dos mercados citados, o preço da borracha natural tem contribuído para arrefecer a pressão de custos e a Bridgestone não pretende rever suas metas de crescimento traçadas para 2012. 

Na última quarta-feira, quando o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) cortou sua expectativa de crescimento para a economia global, o preço da borracha natural caiu ao menor patamar desde a crise financeira de 2008. 

Os futuros de borracha natural da Tokyo Commoditie Exchange (Tocom) já perderam mais de 25% em termos de preços neste segundo semestre.

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