Custo Brasil continua sendo o grande vilão da indústria

83,2% dos empresários ouvidos pela Fiesp/Ciesp pedem mudanças e menos burocracia.

O Custo Brasil é o maior impeditivo para a competitividade industrial no Brasil, apontam 83,2% das 452 empresas ouvidas em pesquisa ‘Rumos da Indústria Paulista’ realizada pelo Departamento de Pesquisas e Estudos (Depecon) da Fiesp/Ciesp.

Os dados mostram ainda que o excesso de burocracia abre espaço para a corrupção (90,2%), dificulta o desenvolvimento econômico e o ambiente de negócios (94,7%) e tem impacto direto na competitividade das empresas (91,4%).

Entre os principais impactos da burocracia sobre as empresas, o levantamento destaca que o aumento de custos envolvido com a questão é o que mais afeta os negócios.

Para 84,3% das empresas a burocracia eleva o custo da gestão de processos, afetando 86,4% das médias empresas e 93,1% das grandes corporações.

O segundo item mais apontados pelos empresários foi a necessidade de criar estruturas não ligadas à produção – para resolver os problemas associados à burocracia. 76,5% dos empresários associados às médias empresas apontaram esse fato, seguidos por 79,3% dos empresários de grandes empresas.

Erros administrativos que acabam por gerar ações judiciais é outro ponto de destaque da pesquisa para 48,8% de empresários de pequenas empresas, 48,5% médias e 41,4% e grandes.

Entre as soluções para a questão, o Depecon apurou cinco questões que facilitaram demais a vida dos empresários. São elas:

  • Reduzir a quantidade de normas vigentes;
  • Simplificar a linguagem das leis e normas;
  • Saber quanto uma norma ou lei custará ao país;
  • Leis e normas possam mudar ou passar a valer em datas pré-definidas;
  • Disponibilizar todas as normas e leis em um site na internet.

Os dados da pesquisa foram coletados entre os dias 6 de fevereiro e 1º de março de 2017 com 452 indústrias do Estado de São Paulo, sendo:

  • Micro/Pequenas (até 99 empregados): 64,4% (291 empresas);
  • Médias (de 100 a 499 empregados): 29,3% (132 empresas); e
  • Grandes (500 ou mais empregados): 6,4% (29 empresas).

Para mais informações, acesse: ‘Rumos da Indústria Paulista

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