Demanda positiva garante market share para a Bridgestone

O mercado de pneus de carga está aquecido e apresenta uma demanda em expansão, de até 20% acima da registrada entre janeiro e setembro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

R268.1“O mercado de pneus de carga está aquecido e apresenta uma demanda em expansão, de até 20% acima da registrada entre janeiro e setembro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. A Bridgestone tem mantido seu market share para equipamentos originais na casa de 13,6%. No de reposição e TBR atingimos 14,6%.”

As avaliações acima são do gerente geral de vendas e marketing da Bridgestone do Brasil, Marcos Aoki, durante a Fenatran 2013, e elucidam boa parte dos dados de desempenho obtidos pelas empresas produtoras de pneus em seus balanços divulgados ao longo da semana passada.

Apenas como elucidação, dados apurados pela Michelin – em seu relatório anual – apontam para um mercado em evolução no segmento de reposição de pneus de carga, de 5% na América do Sul, e de 11% no Brasil – até setembro. Em pneus originais a marca francesa acusou expansão de 40% na oferta de produtos às montadoras.

Ok, estamos falando de Bridgestone e não de Michelin, mas os dados servem apenas para ilustrar que o mercado brasileiro está, não apenas aquecido, mas com demanda acima do normal em relação aos demais mercados, sejam eles emergentes ou maduros.

M840_COMPAC“A expectativa para a oferta de equipamentos originais continua muito boa para 2014”, aponta Aoki que recorda de fatores condicionantes que podem consolidar essa aposta, como eleições 2014, Copa do Mundo, excelente comportamento da safra agrícola, bem como a continuidade de programas de infraestrutura.

“Tudo isso projeta um ótimo cenário para o transporte de carga e também para o segmento de implementos rodoviários e marcas agrícolas”, destacou. Na Fenatran, a líder mundial em pneus apresentou três novos pneus: o Bridgestone R268, o Bridgestone M840 e o Firestone FS400.

O R268 é indicado para estradas de curta e longa distância e pode ser aplicado em todas as posições de eixo. Já o M840, é de uso misto para o segmento de caminhões em percursos mistos (on-off), de curtas e médias distâncias. Pode rodar em todas as posições, mas foi projetado para ser usado em eixos direcionais, de tração moderada e de reboque, aponta informe técnico da Bridgestone.

Já o Firestone FS400 é um pneu radial sem câmara para uso em eixos direcionais, livres e de tração moderada para caminhões e ônibus.

“São pneus concebidos dentro do conceito de baixa resistência ao rolamento, baixo nível de ruído e para refletir os melhores resultados em pisos secos ou molhados”, diz o executivo da Bridgestone.

BDV2 - bandaperspectiva (507x700)Em relação às bandas de rodagem, a divisão Bandag apresentou três novos modelos (BDV2, BRR2B e BRMS), “que praticamente complementam a linha de produtos”, diz Aoki.  “Essas bandas  contam com desenhos específicos, sem similares no mercado.  A BDV2 permite maior aderência e menor deformação e tem aplicação para o transporte urbano. A BRR2B tem excelente desempenho quilométrico, ombros arredondados e desenho com quatro sulcos longitudinais que geram maior poder de frenagem. E a BRMS para o segmento misto, com aplicação em todas as posições”, disse.

Rotulagem

Questionado se os pneus lançados na Fenatran já atenderiam as premissas da rotulagem de pneus – em vigor na Coreia do Sul, Japão e Europa -, Aoki destacou que em essência sim, mas deixou claro que haverá novidades em breve.

Para esclarecer ao leitor, a rotulagem de pneus entrará em vigor no Brasil apenas em 2017, mas segundo Aoki, a Bridgestone Corporation já tem esses pneus no Japão, Estados Unidos e Europa, e já desenvolve os mesmos produtos para adequação às condições geográficas e estradas brasileiras.

TPMS para o mercado brasileiro

Não foram apenas pneus e bandas de rodagem os produtos lançados pela Bridgestone durante a última Fenatran, em São Paulo, mas, também, um conjunto de periféricos e itens eletrônicos que devem redundar em um futuro não tão distante, em um sistema de monitoramento de pressão dos pneus tão ‘parrudo’ e ‘moderno’ como o CyberFleet já comercializado pela Pirelli no Brasil, bem como o ContiPressureCheck™, apresentado pela Continental nesta edição da Fenatran 2013, para início de vendas em 2014.

“A Bridgestone tem por missão ser um provedor completo de soluções aos seus clientes e uma visão de gestão sobre o ciclo total do pneu. Soluções como esses sistemas de monitoramento  estão sendo antecedidas pelo chip no pneu. Esse foi um produto apresentado como protótipo na última Fenatran, mas que nesse edição está sendo oficialmente lançado como opção para o controle e gestão da frota e do ativo pneu”, disse.

De forma simples, o sistema funciona a partir da instalação de um chip na lateral do pneu. Ao sair do pátio da empresa, o veículo passa por uma ‘lombada eletrônica’ que lê o pneu – na entrada e na saída. Por um leitor RFID é possível acompanhar também a profundidade do sulco, por exemplo, e pode ser expresso na forma de relatórios para acompanhamento dos gestores de frota.

Outro equipamento é o DAPM, uma ferramenta de gestão que permite fazer o controle da pressão dos pneus. Nesse sentido vale citar o Profleet, programa de gerenciamento de pneus , e o Survey, programa de inspeção de pneus.

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