Japão e Nafta salvam segmento de pneus para caminhões em 2012

Acompanhamento realizado pela Pirelli referente à demanda por pneus para caminhões e ônibus – disponibilizado para analistas de mercado no site da Pirelli italiana (Tire Market Watch) -, aponta que os únicos mercados em expansão em 2012 são os do Japão e Nafta

Acompanhamento realizado pela Pirelli referente à demanda por pneus para caminhões e ônibus – disponibilizado para analistas de mercado no site da Pirelli italiana (Tire Market Watch) -, aponta que os únicos mercados em expansão em 2012 são os do Japão e Nafta (região que congrega o Canadá, Estados Unidos e México), e mesmo assim com ressalvas: apenas os segmentos de equipamentos originais mostram dados positivos, com altas de 37% no Japão e de 16% no Nafta – em agosto deste ano ante agosto do ano passado. 

O Japão é um caso à parte. Em 2012, a economia daquele país renasce dos efeitos do Tsunami que praticamente imobilizou o país e seu setor produtivo em 2011. 

Dados da Jama (Japan Automobile Manufacturers Association), a Anfavea japonesa, apontam que de janeiro a agosto deste ano o Japão produziu 29,87% mais caminhões e ônibus que no mesmo período do ano passado. Foram 942.307 unidades (863.783 caminhões e 78.524 ônibus) ante 725.573 unidades (664.182 caminhões e 61.391 ônibus) produzidos entre janeiro a agosto do ano passado. 

Portanto, o segmento de pneus originais está mais do que em alta na Terra do Sol Nascente, em detrimento de um mercado de reposição cuja demanda se encontra em baixa de 18% em agosto último.

Já no Nafta, a demanda por pneus originais apresentou elevação de 20%, sendo de 15% no segundo trimestre fiscal.  Em julho e agosto essa demanda apresentou variações positivas de 19% e 16%, ante a mesma base do ano anterior. 

Já no segmento de pneus para reposição, o Nafta apresentou recuos na série de janeiro a agosto deste ano – conforme pode ser visto no gráfico. Os dados do Tire Market Watch apontam em agosto – comparado há 12 meses – um recuo de 12% no segmento de reposição. 

Mercosul 

Para a região do Mercosul, o quadro é mais dramático que o apresentado pelo mercado europeu. A demanda por pneus de carga originais na região registra perdas em todos os meses, sendo de 29% ao final do primeiro semestre, de 27% no segundo trimestre e de 29% em agosto, comparativamente ao mesmo período do ano passado. 

O segmento de pneus de reposição também apresenta baixa, mas já mostra uma tendência de recuperação na série do ano. Exemplo: em janeiro o segmento apresentou recuo de 20% na demanda, caiu para 10% em junho e agora em agosto se posicionou em baixa de 7%. Ou seja, tá ruim, mas tá melhorando. 

No que diz respeito especificamente ao Brasil, o maior entrave vem sendo o baixo desempenho da economia nacional, mas não é só isso: a mudança da tecnologia embarcada em ônibus e caminhões, pela aplicação do Euro 5 (Proconve 7), mais a entrada do diesel S-50 e Arla 32, simplesmente erodiu o mercado. 

Os dados de setembro, divulgados pela Anfavea, falam por si: vendas 25,5% menores de caminhões em setembro ante agosto, 42,9% menores ante setembro do ano passado e recuo de 22% no acumulado do ano. Em ônibus, o recuo das vendas chega a 40% em 12 meses. 

Na Europa 

Os dados do Tire Market Watch mostram que a demanda de pneus originais e de reposição não é nenhuma Brastemp, mas são melhores que os apresentados no Mercosul. 

Lá a demanda por equipamentos originais apresenta recuo de apenas 6% em 12 meses terminados em agosto deste ano e de 24% no segmento de reposição, mas mesmo na reposição está havendo recuperação no mês a mês. No primeiro semestre o recuo era maior, de 28%, mas caiu para 26% em julho e para 24% em agosto. 

Tudo isso ocorre em um momento em que as vendas de caminhões, principalmente de veículos pesados, apresenta um declínio de 30% nas vendas. 

China 

Na China, o recuo de 7,76% nas vendas de caminhões – foram 2.183.100 unidades neste ano -, ajuda a explicar o recuo de 23% na demanda por equipamentos originais e de 4% no de reposição.

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