Mulheres buscam proteção em carros blindados

As mulheres já respondem por 42,5% do mercado brasileiro de veículos blindados. Os números fazem parte de levantamento realizado pela Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) e aponta avanço significativo em relação a 2011, quando esse percentual atingia 35%.

As mulheres já respondem por 42,5% do mercado brasileiro de veículos blindados. Os números fazem parte de levantamento realizado pela Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) e aponta avanço significativo em relação a 2011, quando esse percentual atingia 35%.

Abrablin 2Segundo a Abrablin, 8.384 veículos foram blindados em 2012, um crescimento de 2,7% na comparação com 2011, quando o país já havia batido o recorde no número de carros que receberam a proteção balística. Apenas a título de conhecimento, em 1995 o mercado de blindagem correspondia a apenas 388 unidades.

Os motivos desse súbito aumento são mais que evidentes diante da falência da segurança nos principais centros urbanos do País. Por perfil, a Abrablin destaca que as mulheres entre 40 e 49 anos respondem pelo maior índice de veículos blindados: 22,8%, seguidas por mulheres entre 30 e 39 anos (18,5%) e 50 e 59 anos (13,5%). Jovens entre 18 e 20,9% correspondem a 20,4% do mercado de blindagem hoje, sendo uma fatia de 24,8% para mulheres acima de 60 anos de idade. Na somatória de todas as faixas etárias, as mulheres contam com 42,5% do mercado.

Uma das empresas que vivencia o aumento da procura feminina pela proteção é a Concept, de São Paulo. Em 2012, 39% das pessoas atendidas no local eram mulheres. E em 2013, quase 190 mulheres já estacionaram seus carros no pátio da blindadora para receber a proteção.

“Das mulheres que procuraram o nosso serviço, muitas são executivas, alcançaram altos postos em grandes empresas ou são empresárias bem sucedidas e, em posse de carros mais luxuosos, acabaram virando consumidoras da blindagem automotiva. Mas há também clientes com carros menos luxuosos, que já se tornaram vítimas da violência urbana e assustadas, recorreram a essa alternativa de proteção”, explica Rogério Garrubbo, diretor da Concept.

A blindagem mais utilizada foi a de nível III-A, que suporta até tiros de submetralhadoras (pistolas) 9mm e revólveres ponto 44 Magnum.

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