Pirelli: Mix de produtos compensa perdas em volumes

Os principais números divulgados pela Pirelli – sobre seu desempenho no primeiro trimestre do ano – foram positivos, porém, a divisão de pneus, responsável por 99% dos negócios da empresa vendeu menos pneus unitariamente que no primeiro trimestre do ano passado.

Os principais números divulgados pela Pirelli – sobre seu desempenho no primeiro trimestre do ano – foram positivos, porém, a divisão de pneus, responsável por 99% dos negócios da empresa vendeu menos pneus unitariamente que no primeiro trimestre do ano passado.  

Os ganhos, assim como já foram reportados igualmente pela Goodyear, Michelin e Bridgestone, entre outras companhias de capital aberto que divulgaram seus dados ao mercado, foram obtidos com base na prática de uma política de preços e produtos, batizada por todas elas de mix (de produtos, serviços e PREÇOS). 

Na leitura simples dos consumidores mortais, a tradução é: aumento de preços dos pneus. 

No caso da Pirelli, o Conselho de Administração reportou que as vendas caíram 5,1% junto aos consumidores pessoas físicas e 12,3% junto às empresas no 1T2012. 

Na média geral, porém, a empresa obteve aumento de vendas, em termos de volumes unitários, de 15,8% no segmento Premium, mas recuo de 14,5% nos volumes de pneus vendidos unitariamente nos demais segmentos de atuação.

Ao mesmo tempo em que as vendas unitárias caíram, as receitas de vendas financeiras subiram e, bem, frise-se: 11,4% na base comparativa entre os trimestres. Elas saíram de 1.348,5 bilhão de euros (US$ 1,746 bilhão) entre janeiro e março do ano passado para 1.542,6 bilhão de euros (US$ 1,998 bilhão) no primeiro trimestre de 2012.

Além dos efeitos nocivos de aumentos de matérias-primas, com peso de 85 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, equivalentes a US$ 110,1 milhões, a empresa destacou o efeito perverso da questão cambial.  

Diante do impacto dessas duas variáveis, a empresa reportou crescimento orgânico de 11,3%, evolução de 16,5% no mix de produtos e serviços e recuo de 7,4% no volume de produtos comercializados em seus mercados de atuação.

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