Produtor de borracha deve programar vendas para agosto e setembro

Os produtores de borracha natural devem ficar atentos à gangorra dos preços negociados no mercado futuro da Tokyo Commodity Exchange (TOCOM), o principal mercado de referência para o comércio do insumo na Ásia, setor que domina 92% da produção mundial do produto.

Levantamento com base nos números de fechamento das operações neste sábado, 26 de maio de 2012, apontam para um quadro de baixa dos preços na série de junho e julho, mas com uma recuperação mais positiva a partir de agosto e setembro, mantendo-se em bom patamar em outubro.

Um sinal de que os grandes traders do mercado da borracha são sabedores disso é que o grande volume de contratos de negociação de compra e venda estão se dando entre setembro e outubro.

Em relação aos preços obtidos durante a sessão de negócios entre 9h00 e 15h30 locais – de Tóquio -, a liquidação dos contratos de borracha natural para outubro haviam encerrada em 267.1 ienes por quilograma, o que representa uma valorização de 0,79% sobre os preços de maio, cujos contratos foram liquidados ao preço de 265.0 ienes por quilograma.

Ou seja, se o produtor tem o produto em mãos, ou se sua produção se estabelecerá pelos próximos meses, o fechamento de uma posição hoje para entrega em outubro lhe garantiria um lucro de 0,79% de ienes por quilograma.

Mas dentro desse jogo de preços a futuro há hoje uma situação mais favorável apontada pelos preços de liquidação fechados na Tocom, válidos para este sábado frise-se.

Programar o preço para entrega entre agosto e setembro mostra-se mais vantajoso na medida em que o ganho pode ser ainda maior do que programar a entrega para outubro. O ganho para agosto e setembro está parametrizado em 1,02%.

Isso porque os preços da borracha natural para esses dois meses encerrou a sessão de negócios na faixa de 267.7 ienes por quilograma, um preço que representa alta de 1,02% em relação aos contratos de maio.

O pior mês para programar o fechamento de vendas será em junho, isso porque os preços apresentaram queda de 0,19% ante o mês vigente (maio), com contratos sendo liquidados a 264.5 ienes por quilograma.

Para ajudar nos cálculos, dados do Banco Central do Brasil apontam que US$ 1 (um dólar) equivale a 79,65 ienes.

Caso a conversão seja feita em reais, R$ 1,00 (um real) equivale a 0,02514 ienes.