As perdas na Europa e na América do Sul podem chegar a US$ 570 milhões nos meses de abril, maio e junho, apontaram executivos da empresa norte-americana durante apresentação realizada na Securities and Exchange Comission (SEC), entidade equivalente à Comissão de Valores Moobiliários (CVM), no Brasil.
As operações da empresa estão sob crescente pressão apontou um porta-voz da companhia em notícia divulgada pela agência de informações Bloomberg.
Segundo essa fonte, os resultados combinados entre a Ford América do Sul, Europa, Ásia e Pacífico podem representar perdas até três vezes maiores que os US$ 190 milhões registrados no primeiro trimestre deste ano.
A Europa, pela sua importância dentro do contexto estratégico da Ford é a que mais preocupa, uma vez que as medidas de estímulo à demanda empreendido pelos governos locais não estão funcionando, há pressão dos sindicatos de trabalhadores locais e resistência dos governos na readequação dos volumes de produção e salários pagos.
Na Europa, a Ford projeta perdas entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões neste ano. Só no primeiro trimestre elas já somaram US$ 149 milhões.
Na Ásia e Pacífico, a Ford esta envolta em um megainvestimento de US$ 4,9 bilhões em novas fábricas e lançamentos de 15 novos modelos até 2015 e as perdas na América do Sul derivam de questões pontuais como a variação da cesta de moedas e mudanças bruscas de contexto econômico, como na Argentina, por exemplo, ou de forte competitividade no mercado brasileiro.
Quem está salvando a companhia são os resultados na América do Norte, onde o lucro foi de US$ 2,1 bilhões entre os meses de janeiro a março deste ano.