Adquirida pela Bridgestone Corporation em 2006, pela soma de US$ 1,05 bilhão, a empresa de recapagem de pneus de origem norte-americana acabou por consolidar o conceito BBTS – Bridgestone Bandag Soluções em Pneus, que representa gestar o pneu em todo o seu ciclo de vida – quando sai como peça original ou de reposição da fábrica e é administrado até o fim de seu ciclo de vida (atentando para a possibilidade de recapagens de acordo com a qualidade da carcaça).
A divisão conta também com uma rede superior a 130 BTS espalhadas pelo Brasil – com serviços exclusivos para motoristas autônomos e frotistas – e 100 empresas recapadoras que trabalham segundo as normas, sistemas e modelo de negócios da Bandag.
Falar da importância da recapagem em um mercado como o brasileiro parece até redundância, mas valem ser tocadas algumas premissas básicas: o mercado brasileiro de recapagem perde apenas para o mercado norte-americano em tamanho e volume de negócios; cerca de 80% do transporte de bens e mercadorias é realizado sobre rodas; a necessidade de redução de custos torna-se um imperativo diante de gastos com fretes cada vez mais elevados, além de a recapagem se inserir no conceito mais atual da sustentabilidade e meio ambiente, uma vez que permite o (re) uso de um mesmo pneu (sua carcaça) por até três vezes.
Executivos da Bridgestone Bandag ressaltaram também que um pneu recapado custa em média 30% do preço de um novo e diante de uma recapagem de qualidade, pode rodar tanto quanto um pneu novo.
Essa diferença quando colocada na ponta do lápis (pelo frotista) representa, muitas vezes, a competitividade de sua empresa frente aos concorrentes ou simplesmente o lucro obtido ao final de um período.
No caso da Bandag, além de a empresa ser inovadora no conceito de recapagem à frio, ela mesma produz suas bandas de rodagem para suprimento ao mercado, conforme as imagens anexas a essa matéria.
Bridgestone no Brasil
A maior empresa de pneus do mundo conta com 178 fábricas em todo o mundo e emprega 139.822 colaboradores.
A estratificação de seu gigantismo pode ser expressa da seguinte maneira: são 47 fábricas de pneus, 28 fábricas de produtos relacionados a pneus, 19 plantas de fabricação de matérias-primas, 84 fábricas de produtos diversificados, sete centros tecnológicos e 10 campos de prova.
No Brasil, a empresa conta com fábricas em Santo André (3 mil colaboradores), Camaçari, na Bahia, com 600 profissionais, Bandag Campinas (150 colaboradores), Bandag Mafra (30 profissionais) e um campo de provas na cidade paulista de São Pedro.
Segundo o gerente geral de vendas e marketing da Bridgestone do Brasil, Marcos Aoki, 50% dos negócios da empresa no País são direcionados ao mercado de reposição de pneus, 35% para o segmento de equipamentos originais – suprimento de pneus para a indústria automotiva – e 15% para exportações de pneus.