Goodyear sai da Europa, Oriente Médio e África

A Goodyear consolidou hoje o pronunciamento que havia feito em 31 de janeiro de desativar os negócios associados a pneus na Europa, Oriente Médio e África, além dos planos de encerrar as atividades da fábrica francesa de Amiens – que concentra a produção de pneus para veículos de passeio e para aplicação OTR no segmento agrícola.

A Goodyear consolidou hoje o pronunciamento que havia feito em 31 de janeiro de desativar os negócios associados a pneus na Europa, Oriente Médio e África, além dos planos de encerrar as atividades da fábrica francesa de Amiens – que concentra a produção de pneus para veículos de passeio e para aplicação OTR no segmento agrícola.

Dados do relatório de 2012 apontam que essa região foi responsável por US$ 6,884 bilhões em vendas no ano passado, baixa de 14,38% ante os US$ 8,040 bilhões apurados no ano fiscal de 2011.

Apenas nessas áreas geográficas, a companhia deixou de vender no ano passado o equivalente a 11,6 milhões de pneus. Os mercados citados demandaram 62,7 milhões de unidades no ano passado, ante 74,3 milhões de unidades no ano anterior.

A empresa já abriu consultas ao conselho de representantes dos trabalhadores europeus, sindicatos e organismos relevantes no Oriente Médio e África com iguais propósitos.

Segundo o informe de resultados divulgado pela empresa nesta terça-feira, 12, tais ações se refletiriam na eliminação da produção de seis milhões de pneus e resultariam em cerca de US$ 75 milhões como impacto direto no lucro da companhia.

Ao mesmo tempo em que a empresa está se retirando desses mercados potenciais, revela que está se concentrando no aumento de sua participação em mercados-alvo, especialmente sobre os mercados emergentes, além de esperar uma melhoria entre US$ 75 milhões e US$ 100 milhões em melhorias de produtividade.

Amiens

A fabricante de pneus norte-americana tenta, desde fevereiro do ano passado, uma saída para a difícil situação da planta de Amiens, no Norte da França.

Tais discussões envolveram até a alta cúpula do governo francês, tendo ainda como ingredientes o desejo manifestado pela Titan International de compra dos negócios da Goodyear na Europa, um negócio que à época, daria receitas adicionais à Titan de US$ 400 milhões.

A Goodyear não se movimentou apenas na Europa, mas aqui no Brasil também passou para a Titan os direitos de produção de pneus diagonais da Goodyear na América Latina, voltados para caminhões, ônibus e picapes, um negócio estimado em R$ 300 milhões por ano (US$ 152,9 milhões pelo câmbio atualizado).

Pelo acordo a Titan produz e vende os pneus com a marca Goodyear e paga royalties por isso.

Para mais informações acesse:

Consolidated Statements of Operations

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