Grupo Martins deixou de fazer 48 mil entregas durante a greve dos caminhoneiros

Distribuidora teve 1.000 caminhões represados e deve levar 51 dias para voltar ao normal.

Devido ao impacto da greve dos caminhoneiros, o Grupo Martins vai considerar maio e junho como um único mês.

CFO do Grupo Martins, Rubens Batista Jr, apresenta dados em reunião do IBEF. Foto: IBEF

A avaliação foi feita pelo CFO do Grupo Martins, Rubens Batista Jr, durante o último encontro dos executivos financeiros (IBEF) que reuniu 50 CFOs na Praia do Forte (BA).

O Grupo Martins teve 48 mil entregas represadas com a greve e 1.000 caminhões do grupo ficaram paralisados, dos quais 200 estavam presos nos bloqueios dos grevistas.

“Estimamos que levaremos 51 dias para colocarmos as entregas em normalidade”, disse aos executivos presentes.

Com relação às perspectivas para o restante do ano, Rubens Batista Jr. apontou um cenário de crédito mais escasso, com tendência de aumento da inflação para reposição das perdas, e de consumo mais contido.

“Será um ano extremamente difícil. O mais importante agora para as empresas é preservar o caixa – e já estamos fazendo isso em nossa companhia”.

O executivo destacou que o mercado de comércio e distribuição já havia enfrentado um 2017 difícil, na esteira das dificuldades sofridas pela indústria de consumo com um todo, com queda no volume de vendas e um ambiente extremamente concorrencial.

“Com a recuperação da economia no último trimestre de 2017, o setor projetou um cenário melhor para 2018, materializado no primeiro trimestre, com lucro de 50% e acima do orçamento”, disse.

“Contudo”, disse, “assim como ocorreu em outros setores, abril não foi positivo para a indústria de consumo e as distribuidoras – o que ensejou a revisão do cenário de crescimento para o restante do ano”.

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