HíbridoBR: custa mais, mas dura mais que o dobro

O HíbridoBR não tem câmbio, a frenagem é elétrica e todo o sistema de gerenciamento é eletrônico, o que evita trancos e solavancos.

Híbrido BR (1) (300x225)A Eletra, empresa que faz parte do Grupo Metra – que administra e faz a gestão do Corredor ABD -, deu um passo gigantesco para ganhar fatias expressivas do mercado. Associou-se à Mercedes-Benz, líder do mercado brasileiro de ônibus e criou o HibridoBR, coletivo que tem como base o chassi O 500 U “low entry” (entrada baixa) e motor OM 924 LA de 4 cilindros – dentro do padrão Euro 5 -que fornece potência de 136 kW a 2.200 rpm. O torque é de 700 Nm entre 1.200 e 1.600 rpm.

O HíbridoBR conta com um grupo motor gerador e um banco de baterias. Somente o motor elétrico movimenta o veículo, sendo que a energia para o motor elétrico vem de um grupo motor gerador formado por um motor veicular Mercedes-Benz Euro 5 movido a diesel, biodiesel ou diesel de cana (no caso o OM 924 LA de 4 cilindros citado acima)  e um gerador fabricado pela WEG.

Um banco de baterias tracionárias – que se alojam na capota do ônibus – foi desenvolvido pela Moura. Esse banco complementa a energia disponível para o motor elétrico, quando necessário, e, em cada parada – para entrada de passageiros ou semáforos – o grupo motor gerador recarrega as baterias – que são de chumbo, 100% nacionais, e 100% recicláveis.

O chassi O 500 U já é campeão, mas integrado a ele vem a nova suspensão pneumática lançada pela montadora alemã no Brasil, algo que fará a grande diferença entre conforto, segurança e produtividade – para passageiros e motoristas – economia na hora de fazer a manutenção – aos frotistas.

Segundo Ieda Maria Alves de Oliveira, gerente comercial da Eletra, o HíbridoBR não tem câmbio, a frenagem é elétrica e todo o sistema de gerenciamento é eletrônico, o que evita trancos e solavancos.

“Ele custa 50% a mais que um ônibus normal, mas economiza 20% em consumo de combustível e tem uma vida útil entre 1,5 vezes a 2,5 vezes a de um ônibus convencional (que dura em média sete anos)”, informa o gerente de Desenvolvimento de Motores da Mercedes-Benz do Brasil, Gilberto Leal. Ou seja, o híbrido pode chegar a 17,5 anos em atividade operacional – tempo mais que o necessário para a amortização do investimento.

Outro ganho relevante em tempos de mobilidade urbana e sustentabilidade e meio ambiente é a emissão de material particulado, reduzida em até 95%, destaca a Eletra, marca que está presente em 300 trólebus e 45 híbridos atualmente em operação nas ruas da Grande São Paulo, Rosário (Argentina) e Wellington (Nova Zelândia).

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