Paraná, o novo polo da heveicultura brasileira

O governo do Paraná está incentivando a plantação de seringueiras nas regiões Norte e Nordeste do Estado. O mercado de borracha natural está aquecido e deve se manter em alta, principalmente a partir do início das atividades da fábrica de pneus da Sumitomo/Dunlop, em outubro deste ano.

O governo do Paraná está incentivando a plantação de seringueiras nas regiões Norte e Nordeste do Estado. Segundo a Agência de Notícias do governo daquele estado, o mercado de borracha natural está aquecido e deve se manter em alta, principalmente a partir do início das atividades da fábrica de pneus da Sumitomo/Dunlop, em outubro deste ano.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, vai subsidiar 50% do custo da muda de seringueira para incentivar o plantio nas regiões Norte e Noroeste do Paraná, onde a espécie é recomendada e pode gerar mais renda para oSó a demanda local gerada pela Sumitomo/Dunlop chega a 15 mil hectares de seringueira plantada para suprir suas necessidades. Hoje o Paraná conta com apenas 2.800 hectares de hevea brasilienses, a fonte do látex de borracha natural usada para a confecção de pneus, entre outros produtos.

Para apoiar o produtor, o governo do Paraná está subsidiando 50% do valor das mudas de seringueiras. Isso está sendo feito dentro do Plano de Apoio ao Plantio da Seringueira, lançado nesta segunda-feira, 03, em Maringá, uma iniciativa que conta com a parceria da Cooperativa dos Cafeicultores Agropecuaristas de Maringá (Cocamar), que vai processar a matéria-prima e oferecer a borracha para as indústrias.

A expectativa é de que entre 10 e 12 anos ocorra o plantio de 35 mil hectares de seringueiras no Estado, um volume que visa ao atendimento da demanda gerada no Paraná e estados como São Paulo e Rio Grande do Sul. A iniciativa também avançará sobre o setor de exportação da borracha natural.

Metas

Captura_de_tela_de_20130502_09_11_38A meta da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná é plantar 400 hectares de seringueiras até 2014. Para isso, será necessário o plantio de 200 mil mudas.

Na implantação da cultura, o produtor tem um custo avaliado em R$ 7 mil por hectare. Deste total, 50% correspondem ao investimento em mudas. Entre o 6º ou 7º ano a árvore entra em processo de produção, e quando atinge 10 anos passa a produzir de 600 a 800 gramas de látex, que proporciona uma renda média de R$ 1.100,00 por hectare/mês. 

A seringueira é explorada durante 10 meses do ano. Durante dois meses as árvores são deixadas para um processo de recuperação. Uma árvore permanece produtiva durante 35 anos e ao final deste ciclo ainda é feito o aproveitamento da madeira para móveis e energia. 

Clones

Dentro do Plano de Apoio ao Plantio da Seringueira, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) desenvolveu pesquisa científica que garante o suporte ao plantio de seringueiras nas regiões Norte e Noroeste do Estado. O órgão desenvolveu clones da espécie já adaptados e também definiu um zoneamento agroclimático indicando as melhores localidades onde o plantio da seringueira pode ser implantado. 

Além da Iapar, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná conta com o apoio da Emater, que faz o serviço de extensão rural e assistência técnica junto ao produtor rural e com a Cocamar, que buscará incentivar o plantio da seringueira entre seus cooperados. 

 

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