Pirelli, a ação mais rentável no mês; no ano deu Continental

Pirelli e Yokohama lideraram o ranking das ações mais valorizadas em negociação nas bolsas de valores globais em março.

Pirelli LogoPirelli e Yokohama lideraram o ranking das ações mais valorizadas em negociação nas bolsas de valores globais em março.

Pirelli subiu 14,1% e Yokohama 10,2%, nos melhores desempenhos em relação à cesta de 12 ações de empresas fabricantes de pneus medida pelo índice Dow Jones Auto and Parts – que fechou o mês em baixa de 1,2%, mas acumula alta de 27,8% no ano.

Nokian e Michelin também responderam bem a crise que varre os mercados financeiros da Europa, com altas respectivas de 9,7% e 7,9%.

Sumitomo (7,4%), Toyo (5,5%), Continental (3,6%) e Bridgestone (2,6%) fecharam o ranking entre os ativos do setor de pneus mais bem posicionados no mercado de ações em março.

Ponto negativo ficou para a dupla coreana Hankook e Kumho. As ações das fabricantes coreanas cederam 2,1% e 10,2% respectivamente, ante perdas de 8,3% sobre os papéis da Cooper e 12,8% nos da Goodyear, a lanterninha de março.

No ano

Um investidor que tenha comprado 1.000,00 euros em ações da Continental em 29 de dezembro do ano passado e tenha permanecido com elas até 30 de março de 2012 teve um retorno de 471,00 euros na forma de lucros, acumulando 1.471,00 euros na última sexta-feira.

Esse desempenho (fictício, apenas simulação) se deve à valorização de 47,1% registrada pelas ações da empresa alemã no primeiro trimestre do ano.

Desempenho muito próximo tiveram as ações da Nokian (+46,9%), Yokohama (+38%), Toyo (+32%), Pirelli (+37,%) e Michelin (+22,2%).

Vale lembrar que o mercado de ações no Brasil – apesar do grande desenvolvimento dos últimos anos – ainda tem um caráter muito especulativo e de curto prazo, diferentemente dos mercados mais maduros, como os da Europa, Estados Unidos e Japão, onde as bolsas de valores são mercados de extrema utilidade para a captação de recursos voltados às iniciativas corporativas das empresas, como, por exemplo, a realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, expansão e abertura de novas fábricas.

Portanto, uma alta de 47,1% como a registrada pela Continental, num palco que revela uma das maiores crises que a Europa já teve notícia em toda a sua história serve para mostrar, entre outras coisas, a dissociação que o investidor faz do mercado e da empresa e de sua capacidade de geração de lucros no futuro, em que pese o caos ao seu redor.

Fechando a sequência das ações mais rentáveis no primeiro trimestre de 2012, ponto positivo para a Sumitomo (18,9%), Kumho (18,3%), Bridgestone (15%) e Cooper (8,6%).

Os destaques negativos vão para a Hankook, cujas ações caíram 7,3% e Goodyear, que premiou seus investidores com perdas de 20,8% no período.

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