Mobilidade Elétrica: CPFL Energia propõe criação de estratégia nacional

Em um cenário conservador, sem nenhum tipo de incentivo, os carros elétricos puros e os híbridos plugin podem alcançar 3,8% da frota em 2030.

A CPFL Energia está propondo aos agentes de mercado e entidades governamentais a criação de uma estratégia nacional em torno da mobilidade elétrica.

A proposta nasce das conclusões do estudo elaborado pela companhia a partir do desenvolvimento do projeto de P&D Emotive, que analisou durante cinco anos o impacto dos veículos elétricos para o mercado de energia elétrica e para o País.

O estudo mostra que que a mobilidade elétrica tem grande potencial no Brasil, impulsionando o advento de uma nova cadeia de valor na economia brasileira.

Do ponto de vista da oferta de novos serviços ao cliente, a expansão da mobilidade elétrica traz as seguintes oportunidades:

  • operadores da infraestrutura de recarga;
  • instaladores de eletropostos;
  • Vehicle to Grid (V2G) – devolução da energia dos veículos elétrico para a rede ou residências;
  • car sharing (compartilhamento de veículos);
  • táxis elétricos; 6) second life para baterias (reutilização);
  • seguros para veículos elétricos.

Na ótica da indústria automotiva, as oportunidades para o Brasil são:

  • desenvolvimento de uma indústria de ônibus elétricos e híbridos movidos a etanol;
  • comercialização de veículos elétricos de baixa velocidade;
  • desenvolvimento de motor híbrido flexpower;
  • além do próprio serviço de compartilhamento de veículos elétricos.

O fortalecimento da mobilidade elétrica no País ainda depende, contudo, de mecanismos para vencer os principais entraves da tecnologia, como o alto custo de aquisição do veículo elétrico, causado pela ausência de produção nacional e tributação, e a infraestrutura de recarga incipiente.

Os estudos mostraram que, caso haja estímulo financeiro do mercado e avanços tecnológicos, o cenário deve ser favorável à expansão dos veículos elétricos.

Em um cenário conservador, sem levar em consideração nenhum tipo de incentivo, os carros elétricos puros e os híbridos plugin podem alcançar 3,8% da frota nacional de veículos do País em 2030, representando 7,6% das vendas anuais totais de automóveis.

Essa participação, no entanto, depende do nível de estímulo que os governos municipais, estaduais e federal concederem para incentivar a mobilidade elétrica no País.

“Para que a mobilidade elétrica se consolide no País, a CPFL Energia propõe um modelo de negócio aberto para a infraestrutura de recarga ao cliente, o que viabilizaria a expansão do número de eletropostos pelo País e estimularia o aumento de usuários de veículos elétricos”, diz o diretor de Inovação e Estratégia da CPFL Energia, Rafael Lazzaretti.

Essas e outras informações estão na edição de junho da Revista Transportepress, em entrevista exclusiva concedida pelo diretor de Inovação e Estratégia da CPFL Energia, Rafael Lazzaretti.

https://www.transportepress.com/destaques-transportepress-edicao-junho-2018/

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