Paralisações continuam em todo o Brasil, aponta PRF

Paraná adota adesivo para transportes essenciais; Rio ajusta alíquota de ICMS e Prefeitura de São Paulo decreta estado de emergência.

Informe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta que, apesar da trégua prometida pelos caminhoneiros, por 15 dias, em acordo com o Governo, as paralisações não cessaram nas principais rodovias brasileiras.

Na Régis Bitencourt, em São Paulo, carretas e caminhões permanecem estacionadas ao logo da rodovia. O mesmo ocorre em rodovias no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, estado que apresenta 74 pontos de manifestação. No Distrito Federal, a PRF registra manifestação de caminhoneiros na BR-020, BR-060, BR-070 e BR-080.

No Paraná, o Governo do Estado e lideranças do movimento dos caminhoneiros fecharam um acordo para possibilitar o trânsito de cargas especiais nas estradas do Paraná.

A partir desta sexta (25), caminhões com adesivo de identificação da Defesa Civil poderão circular pelas rodovias transportando insumos hospitalares, produtos químicos, ração animal, alimentos para hospitais e penitenciárias, combustível para os serviços de segurança e de urgência e emergência, além de cargas vivas.

Outra decisão em curso é a viabilidade da não cobrança de pedágio do eixo suspenso dos caminhões enquanto durar a crise de desabastecimento de combustível e o impacto que a não cobrança iria produzir nas tarifas. O tema está sendo tratado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (AGEPAR).

Em Santa Catarina, os órgãos de defesa do consumidor já autuaram 20 postos de combustível e foram lacrados por 24h e na área de saúde, cirurgias eletivas foram canceladas temporariamente, até que a situação se restabeleça. A prioridade é garantir atendimentos de urgência e emergência, bem como as atividades do SAMU.

Todas as ações estão sendo definidas pelo comitê de crise do Governo de Santa Catarina.

No Rio de Janeiro, o governo do estado anunciou a redução da alíquota do ICMS do diesel no Estado do Rio para 12%, igualando com a alíquota praticada no Estado de São Paulo.

Em São Paulo, a prefeitura decretou estado de emergência em decorrência da paralisação e dos protestos de caminhoneiros e poderá decretar feriado municipal, caso a situação de desabastecimento não seja normalizada.

São Paulo e toda a região metropolitana vivem mais um dia caótico, com bloqueios nas principais vias de acesso, longas filas nos postos de combustíveis, redução em frotas de ônibus, problemas na coleta de lixo e manifestações de vans e motos.

Redação Transportepress com informações da Agência Brasil

Destaques