Paranaguá testa carregamento de grãos com chuva

A cobertura – desenvolvida nos últimos 14 meses por uma empresa do Paraná – é acoplada na ponteira do shiploader e se encaixa no porão da embarcação, isolando a carga da umidade, destaca.

Carregar navios com grãos mesmo debaixo de chuva. Esse é um dos desafios que começa a ser vencido pelo Porto de Paranaguá (PR) – que realizou nesta quarta-feira, 03, o primeiro teste de um equipamento de cobertura para navios que permite o carregamento mesmo com chuva.

A cobertura – desenvolvida nos últimos 14 meses por uma empresa do Paraná – é acoplada na ponteira do shiploader e se encaixa no porão da embarcação, isolando a carga da umidade.

O secretário estadual da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, e o superintendente dos Portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino, participam do primeiro teste de um equipamento de cobertura para navios desenvolvido por uma empresa paranaense instal“Estamos trabalhando para tentar resolver este problema histórico dos portos que é a impossibilidade de embarcar grãos nos dias de chuva. Se esta solução se mostrar eficiente o Porto de Paranaguá poderá ser o primeiro do Brasil a operar carga de grãos mesmo com chuva”, diz o secretário estadual da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, em nota distribuída pela agência de notícias do governo do Paraná.

A partir do protótipo em escala real serão realizados testes de qualidade, durabilidade, estanqueidade e funcionalidade para certificar a eficiência da estrutura. “Se obtivermos o sucesso esperado, passaremos às próximas etapas, que são a montagem da versão final, o início das adaptações necessárias nos shiploaders para instalação do equipamento e, principalmente, o processo de implantação”, explica o superintendente dos Portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino.

“Vamos promover ainda uma campanha de utilização que irá desde a discussão junto aos terminais privados, embarcadores, até o comandante do navio que não tem a obrigação de aceitar o carregamento nestas condições. No entanto, pretendemos dar preferência aos navios que se dispuserem a trabalhar com o equipamento em caso de chuva”, relata Dividino.

O equipamento deverá operar somente com chuvas leves e, em caso de chuvas intensas e ventos, ele será desativado de forma a resguardar a segurança dos trabalhadores, da carga e do navio.

Segundo Dividino, de janeiro a junho deste ano o Porto de Paranaguá registrou 51 dias de paralisações nas operações do Corredor de Exportação em função da chuva.

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