Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) de março de 2018

76% dos consumidores avaliam negativamente as condições da economia

Presidente do CNDL considera que a mudança no cenário é lenta e insuficiente para recolocar o país no nível de atividade anterior à crise.

Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) de março de 2018

O Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) – que mensura a percepção do brasileiro com a economia e com as próprias condições financeiras ficou praticamente estável em março, em 42,2 pontos.

A escala do indicador varia de zero a 100 e resultados acima de 50 pontos demonstram um predomínio da percepção de otimismo.

No mesmo período do ano passado, o ICC registrou 42,3 pontos, sendo 42,8 pontos em fevereiro deste ano.

Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPCBrasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

De acordo com o levantamento, 76% dos consumidores avaliam negativamente as condições atuais da economia brasileira. Para 21%, o desempenho é regular e para apenas 2% o cenário é positivo.

Entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, a principal explicação é o desemprego elevado, citado por 63% dos entrevistados. Em seguida, aparecem o aumento dos preços (56%) – embora a inflação esteja em queda -, altas taxas de juros (40%) e queda do consumo (21%).

Já quando se trata de responder sobre a própria vida financeira, o número de consumidores insatisfeitos é menor do que quando se avalia a economia do Brasil como um todo, mas ainda assim é elevado.

Para o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a economia brasileira vem dando sinais de melhora, mas apesar dessa evolução, a mudança no cenário é lenta e insuficiente para recolocar o país no nível de atividade anterior à crise.

“A recuperação da atividade econômica existe e está consolidada, mas o ritmo de melhora é gradual e, por enquanto, não se reflete de forma imediata no dia a dia do consumidor. Com a melhora dos níveis de renda, emprego e inadimplência, a recuperação fará com que a confiança do consumidor apresente resultados mais expressivos”, aponta.

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