Movimento de caminhões no Pátio de Triagem após o final da greve. Foto Ivan Bueno / APPA

Acaba greve no Paraná. Paranaguá espera chegada de 1.118 caminhões nas próximas 24h

Porto deixou de movimentar 648 mil toneladas de produtos, incluindo líquidos, cargas gerais, grãos e fertilizantes.

Os bloqueios das rodovias estaduais e federais do Paraná foram zerados na tarde desta quarta-feira, 30, aponta balanço do governo do estado.

Às 16 horas desta quarta-feira já não restavam pontos de interdição nas estradas paranaenses. Apenas 12 pontos de manifestação foram identificados até o final da tarde, mas sem obstrução do tráfego nas estradas, apontou o chefe da Casa Militar do Governo do Paraná, coronel Maurício Tortato.

Os bloqueios das rodovias estaduais e federais do Paraná foram zerados.
Foto: José Fernando Ogura/ANPr

Apesar da volta à normalidade, a Polícia Militar fez escoltas aos comboios que transportam alimentos e combustíveis.

De acordo com o chefe da Casa Militar, os policiais paranaenses também fizeram, a pedido do governo de Santa Catarina, o acompanhamento de caminhões do Estado vizinho que circulavam no Paraná.

Paranaguá

Com a liberação das rodovias no Estado, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) já espera pelo aumento do movimento de carga e descarga nos portos do Estado.

Segundo o diretor-presidente da APPA, Lourenço Fregonese, os primeiros veículos deram entrada no Pátio de Triagem para aguardar o chamamento e descarregar nos terminais às 14h00. . Em duas horas de operação, 52 caminhões chegaram ao porto.

Fregonese informa que são aguardados 1.168 caminhões nas próximas 24 horas, o que representa cerca de 42 mil toneladas de soja.

“No período de greve deixaram de ser movimentadas no Porto de Paranaguá 648 mil toneladas de produtos, incluindo líquidos, cargas gerais, grãos, fertilizantes e outros”, informa Fregonese.

Confira o balanço da APPA

  • NAVIOS – Atualmente 37 navios aguardam na baía de Paranaguá para descarregar ou carregar cargas no Porto. Outros 10 navios estão atracados, sendo que cinco deles estão operando normalmente com granéis líquidos, açúcar e cargas gerais.
  • CAMINHÕES – Desde o início da paralisação, 18 mil caminhões deixaram de descarregar no Porto de Paranaguá.
  • FERROVIAS – O abastecimento do Porto via ferrovias se manteve igual no período. Ao todo 30% dos produtos chegam pelas ferrovias e já desembarcaram 248 mil toneladas desde o dia 21 de maio. A média de vagões que chega a Paranaguá é de 500 por dia.
  • EXPORTAÇÃO – O Corredor de Exportação dos Portos do Paraná deixou de embarcar cinco navios de farelo de soja e um de soja, totalizando 300 mil toneladas, aproximadamente.
    CARGA GERAL – No segmento de carga geral (açúcar ensacado, celulose e cargas rodantes, por exemplo), três navios tiveram impactos nos seus embarques, totalizando 71 mil toneladas de mercadorias, aproximadamente.
  • IMPORTAÇÃO – Na movimentação de fertilizante e cereais, deixaram de ser descarregadas 20 mil tons/dia, ou seja, 185 mil toneladas até o momento.
  • GRANÉIS LÍQUIDOS – Este segmento, que no início da paralisação não sofreu impactos significativos, agora já contabiliza 300 mil toneladas de líquidos, aproximadamente, que deixaram de ser operados pelos navios.
  • CONTÊINERES – No Terminal de Contêineres de Paranaguá – TCP, houve uma redução na logística de operação de 19,8% e existem contêineres chegando via ferrovia.
Movimento de caminhões no Pátio de Triagem após o final da greve. Foto de Ivan Bueno / APPA
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