Greve afetou 84,78% dos lojistas do Estado de São Paulo, aponta pesquisa

52,17% dos lojistas tiveram problemas com o abastecimento do varejo, diz Federação das Câmeras de Dirigentes Lojistas do Estado de SP.

Pesquisa feita pela Federação das Câmeras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP) mostra que a greve dos caminhoneiros influenciou diretamente no movimento do comércio em 84,78% dos lojistas ouvidos pelo levantamento em todo o Estado.

Segundo o estudo, em comparação com o mês passado, 35,16% aponta que houve queda de 40% no movimento do comércio. Para 27,47%, a queda foi de mais de 10%. Apenas 14,29% diz que não sentiu impacto da greve.

“A diminuição do transporte público e a falta de gasolina trazem grandes impactos para as vendas do comércio, uma vez que a mobilidade afeta o acesso ao varejo. Em situações como esta, as pessoas tendem a economizar e priorizar o essencial, como alimentação”, afirma em nota o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.

A entidade não contabilizou os prejuízos gerados pela greve, mas aponta que 52,17% dos lojistas tiveram problemas com o abastecimento do varejo.

“O varejo está sendo fortemente prejudicado pela greve. Os números da pesquisa demonstram que estamos a caminho do desabastecimento geral, caso o país não volte à normalidade rapidamente. Os consumidores desapareceram, além dos combustíveis e dos produtos perecíveis, outros produtos já começam a faltar”, diz.

Ainda segundo a pesquisa, apenas 31,42% dos lojistas tiveram problemas de faltas de funcionários durante o período. Destes, 97,72% irão compensar o dia de trabalho.

Segundo Stainoff, os lojistas estão tentando negociar os preços com seus fornecedores, de modo que não ocorram aumentos ou que o impacto dos possíveis aumentos não prejudique ainda mais a população.

A pesquisa da FCDLESP ouviu cerca de 200 representantes de CDLs (Câmaras de Dirigentes Lojistas) do estado de São Paulo.

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