JSL encerra semestre com receitas de R$ 2,9 bilhões

A principal divisão de negócios da JSL, a JSL Logística ampliou sua receita bruta em 19,1% entre abril e junho deste ano.

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A JSL, um dos maiores grupos do setor de transportes e logística do mercado brasileiro, encerrou o segundo trimestre fiscal com receita bruta consolidada de R$ 1,550 bilhão, um resultado que reflete expansão de 20,4% sobre igual período do ano passado.

Com o resultado do trimestre, a soma desse indicador, na série de janeiro a junho, chega a R$ 2.918,6 bilhões, ou 18,2% superior ao mesmo período de referência.

Especificamente no segundo trimestre fiscal, do total de receitas geradas no período (R$ 1,550 bilhão), a divisão JSL Logística participou com R$ 1,190,4 bilhão, sendo outros R$ 344,9 milhões da divisão JSL Concessionárias e R$ 46,2 milhões da Movida – empresa de locação de veículos adquirida em 2013, pela soma de R$ 65 milhões.

JSL Logística

A principal divisão de negócios da JSL, a JSL Logística ampliou sua receita bruta em 19,1% entre abril e junho deste ano, com avanços na geração de receitas em serviços dedicados (R$ 519,8 milhões +10,3%), gestão e terceirização  (R$ 272,4 milhões + 9,4%), transporte de passageiros (R$ 111,9 milhões +7,9%) e outros (R$ 13,3 milhões +13,7%). O único indicador negativo se deu sobre os negócios de Cargas Gerais, que apresentou recuo de 14,2%, para receitas de R$ 66,4 milhões.

No semestre, o desempenho se assemelha – apenas os negócios Cargas Gerais apresentam recuo. De janeiro a junho, os serviços dedicados realizados pelo JSL Logística geraram receitas de R$ 986,5 milhões (+8,8% sobre o 1S13), gestão e terceirização (R$ 536,2 milhões +9,4%), transporte de passageiros avançou 13,2%, para R$ 226,3 milhões e Outros rendeu R$ 26,6 milhões (+16,2%).

Cargas Gerais apresentou recuo de 5,5%, para R$ 134 milhões em receitas.

Custos

Um aspecto relevante do relatório da JSL Logística refere-se aos custos e lá estão os pesos gerais e específicos da mão de obra mais agregados e terceiros, de combustíveis e lubrificantes e de pneus e manutenção.

Os números são eloquentes. Hoje, o maior custo de uma empresa de transporte é com sua mão de obra. No caso da JSL Logística, de um custo total de R$ 928,2 milhões no segundo semestre, o de pessoal foi de R$ 277,9 milhões, 14,9% maior que o registrado no mesmo período de referência (R$ 241,8 milhões). Com agregados e terceiros, alta de 4,2%, para R$ 150,5 milhões.

A JSL Logística gastou no segundo trimestre a soma de R$ 59,2 milhões com combustíveis e lubrificantes, 4% mais que no segundo trimestre do ano passado. De janeiro a junho, essa conta foi de R$ 111,4 milhões, ou 1,6% a mais que no primeiro semestre do ano passado.

A conta pneus, que é engrossada pelos itens peças e manutenção ficou estável no segundo trimestre, somando R$ 61,8 milhões, mas cresceu 7,3% na série de janeiro a junho, para R$ 124,7 milhões.

Em percentual da receita líquida da companhia, a JSL Logística ressalta que houve uma redução de 0,06 ponto percentual na participação dos gastos com pneus, peças e manutenção neste segundo trimestre. Isso se deve, segundo ao informe de mercado, à renovação de frota em alguns contratos.

Efeito juros

Os dados da JSL deixam claro que não são apenas os consumidores brasileiros que encontram dificuldades com as taxas de juros cobradas pelos bancos, mas também empresas do porte da JSL.

Isso é evidenciado pelo impacto do aumento de 46,2% nos juros financeiros líquidos da JSL em comparação ao segundo trimestre do ano passado. Entre os dois período, a dívida líquida média da companhia cresceu de R$ 2,354 bilhões para R$ 3,246 bilhões – em função dos investimentos em expansão realizados desde então.

Mas o aumento do juro também pesou: o CDI que era de 7,3% no segundo trimestre de 2013 saltou para 10,8% neste segundo trimestre do ano.

Em relação à destinação dos investimentos realizados pela empresa, 74% se deram sobre a expansão de negócios, 78% na gestão, terceirização e serviços dedicados e 45% na aquisição de caminhões.

“No segundo trimestre de 2014, o investimento bruto total foi de R$ 347,6 milhões, sendo que para renovação foi feito um investimento de R$ 77,3 milhões e uma receita com revenda usual de ativos de R$ 105,9 milhões, perfazendo um investimento líquido negativo de R$ 28,6 milhões”, destaca o relatório de mercado da companhia.

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