Oferta de pneus de carga cai 49% no Brasil, diz Michelin

Em linha com o recuo da produção e vendas de veículos de carga no Brasil, a venda de pneus de carga da Michelin apresentou queda de 49% em fevereiro.

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Em linha com o recuo da produção e vendas de veículos de carga no Brasil, a venda de pneus de carga da Michelin, diretamente para as montadoras de veículos pesados apresentou queda de 49% em fevereiro.

O dado consta de apresentação feita nesta quarta-feira, 24, para analistas de mercado e investidores do banco Société Générale, e se refere, especificamente, ao mês de fevereiro de 2015, período em que a oferta de pneus originais destinados às montadoras apresentou alta de 19% na América do Norte e de 2% na Europa.

A empresa francesa também apurou recuo de 9% na oferta de pneus de carga no segmento de varejo (reposição) no Brasil, pouco superior ao recuo de 7% apresentado pelo mercado europeu. A exceção aqui fica por conta do mercado da América do Norte, cuja demanda foi positiva em 10%.

Os números da Anfavea

Segundo a Carta da Anfavea de março deste ano, o licenciamento de caminhões apresentou recuo de 50,4% entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2014, para 5.060 unidades no mês passado, sendo recuo de 39,2% no acumulado do primeiro bimestre, para 12.582 veículos.

Já em relação à produção, a queda foi de 48,7% entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2014, sendo de 43,9% menos no acumulado do primeiro bimestre, a oferta de equipamentos originais da Michelin (OE), diretamente para as montadoras apresentou queda de 49%.

Como foi o mercado em 2014

O segmento de pneus originais destinados diretamente para as montadoras apresentou recuo global de 1% em 2014, apontam os dados divulgados pela Michelin. Esse recuo destoa em muito da performance individual apresentada pelo mercado da América do Norte, cuja expansão foi de 16% no ano passado, ante 3% na África e Oriente Médio e 1% na Ásia (menos Índia). O mercado europeu apresentou recuo de 9% e o da América do Sul de 21%.

Já no segmento de reposição, a média global do segmento foi de alta de 1%, sendo expansão de 8% na América do Norte, 1% na Europa e na Ásia (menos Índia). Recuos foram registrados nos demais mercados, sendo de 1% na África e Oriente Médio e de 4% na América do Sul.

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