Pirelli: vendas caem 1,3% e lucro líquido recua 41,6%

A Pirelli encerrou o primeiro trimestre de 2013 com vendas totais de € 1.536,3 bilhão (US$ 2,024 bilhões) resultado 1,3% abaixo das vendas totais de € 1.556,5 bilhão registradas no primeiro trimestre do ano passado. O lucro líquido cedeu 41,6%. Caiu de € 123,6 milhões no primeiro trimestre do ano passado para € 72,1 milhões no primeiro trimestre deste ano.

A Pirelli encerrou o primeiro trimestre de 2013 com vendas totais de € 1.536,3 bilhão (US$ 2,024 bilhões) resultado 1,3% abaixo das vendas totais de € 1.556,5 bilhão registradas no primeiro trimestre do ano passado. O lucro líquido cedeu 41,6%. Caiu de € 123,6 milhões no primeiro trimestre do ano passado para € 72,1 milhões no primeiro trimestre deste ano.

Em nota ao mercado, o Conselho de Administração da Pirelli destaca que o primeiro trimestre do ano foi caracterizado por um cenário econômico ainda fortemente influenciado pela crise que afeta a Europa, onde a demanda por bens e serviços continuou em queda.

A Pirelli obteve boas performances em mercados como a China e América do Sul – que tem participação de 35% nas vendas da empresa (superior a Europa com 33% e Nafta com 11%) -, mas a variação da cesta de moedas também correu contra os bons resultados da companhia, essencialmente no Japão, Reino Unido, Egito e América do Sul (mais especificamente na Venezuela). Só a variação da moeda venezuelana custou € 8,3 milhões ao caixa da empresa, que também acusou impactos negativos na amortização de custos operacionais de € 10 milhões e de investimentos no México, de € 10,8 milhões, além de um custo de carregamento de juros que subiu de € 24,3 milhões no 1T2012 para € 58,6 milhões no 1T2013.

A dívida bruta da Pirelli encerrou em 31 de março de 2013 na casa de € 2.476,6 bilhões ante os € 2.455,5 bilhões apurados em 31 de dezembro de 2012.

O resultado operacional no período cedeu de € 212,7 milhões para € 179,8 milhões e a margem operacional caiu de € 279,1 milhões para € 255,3 milhões.

Divisão de pneus

Das vendas totais de € 1.536,3 bilhão (US$ 2,024 bilhões), a divisão de pneus da Pirelli contribuiu com € 1.526,7 bilhão, pouco abaixo dos € 1.542,6 bilhão apurados em igual período do ano passado.

A divisão obteve receitas de vendas de € 1.116,7 bilhão na venda de pneus de veículos de passeio, de comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas, no período, 0,7% acima dos resultados do 1T2012, com desempenhos positivos apresentados em mercados emergentes, 15,4% superiores, que ajudaram a compensar uma contração de 16,9% na Europa.

Nos emergentes, a Pirelli vendeu 42% mais no primeiro trimestre de 2012 e ampliou suas receitas em mais 27,8%, destaca o informe de resultados, ante recuo de 6% em volume e 13% em receitas na Europa.

Em equipamentos originais, a Pirelli vendeu globalmente falando, € 138 milhões entre janeiro e março deste ano ante € 187,3 milhões entre janeiro e março do ano passado.

Pneus Premium

O segmento de pneus Premium contribuiu com receitas de vendas de € 548,1 milhões, apresentando excelente penetração nos mercados emergentes, onde a demanda evoluiu 28% no período, embora tenha apresentado estabilidade nos mercados que compõem o Nafta e recuado 13% na Europa.

A Pirelli destaca que no geral, as receitas do segmento Premium ficaram 2,8% inferiores ao primeiro trimestre de 2012.

Futuro

A Pirelli estima que o mercado mundial de pneus feche 2013 com 1.327 bilhão de unidades, número que representa 20 milhões de pneus a menos que o previsto. Na Europa, a empresa estima queda de 1/3 na demanda por pneus de substituição Premium e de 2/3 na demanda por pneus comuns.

O segmento de caminhões deve demandar 134 milhões de peças, ou dois milhões menos que o projetado.

A Pirelli estima encerrar o ano com vendas totais entre € 6,3 bilhões e € 6,4 bilhões em 2013, com o segmento Premium avançando entre 13% e 14% e um mix de preços e produtos evoluindo entre 3% e 4%.

Para o lucro antes de juros e impostos (EBIT) a empresa projeta algo entre € 810 milhões e € 850 milhões, graças aos resultados esperados para os mercados emergentes e Nafta, em detrimento de um mercado Europeu que deve ficar abaixo do esperado.

O impacto do custo de matérias-primas deve ficar entre o intervalo de € 55 milhões e € 110 milhões, sendo previstos € 400 milhões a serem aplicados na forma de investimentos até 31 de dezembro de 2013.

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