Tecnologia: Governo e 4.0 puxam mercado, diz Microsoft

SAP aponta o ERP autônomo como a nova onda do setor

O 1º  trimestre de 2018 foi positivo para o mercado de tecnologia. Contudo, em função das incertezas no cenário econômico, a perspectiva é que alguns executivos financeiros poderão rever budgets e segurar decisões de investimentos no segundo semestre.

Essa foi uma das constatações da última reunião do colegiado do Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros (IBEF), e aponta que o plano nacional de de IoT (Internet of Things) e projetos de tecnologia para a área de saúde no contexto da indústria 4.0, tem representado um ponto positivo, embora o cenário econômico e político tragam incertezas quanto aos investimentos (em alta) neste segundo semestre.

“O movimento de bancos e varejistas investindo em tecnologia de automação, visando redução de custo e segurança, contribuiu para os resultados do setor no 1º semestre”, apontou o CFO da NCR Corporation, Glaucio Barros.

Já o CFO da Microsoft Brasil, João Paulo Seibel Faria, ressaltou o papel do governo como um grande parceiro na área de software. O executivo destacou medidas como o plano nacional de IoT (Internet of Things) e projetos de tecnologia para a área de saúde (no contexto da indústria 4.0), e empresas investindo em tecnologias de proteção de dados e em analytics para gerar decisões mais assertivas, produtividade e empoderamento dos funcionários para essas decisões.

Para ele, as perspectivas para o ano são positivas, com a demanda aquecida do governo, setores de educação e saúde, e de pequenas e médias empresas por sistemas de inteligência artificial, segurança e infraestrutura.

Com relação às tendências de tecnologia, o CFO da SAP Brasil, Paulo Mendes, apontou para a migração de processos transacionais, como contas a pagar e receber, entre outros, dos Centro de Serviços Compartilhados para a máquina com automação completa.

“Em breve, teremos o ERP autônomo: o analista financeiro simplesmente assiste à operações de débito e crédito, alocação de caixa e baixas de contas a receber, acontecerem de maneira automática”, disse Mendes, ao destacar que esta será a próxima onda de tecnologia.

Do lado dos desafios, a complexidade tributária continua desapontando.

A discussão sobre cobrança de ICMS pelos estados e ISS pelos municípios sobre as vendas de software abriu mais um capítulo no problema da guerra fiscal, gerando passivos tributários enormes para as companhias e perda de energia no negócio.

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