Rotulagem não é problema é oportunidade

Pesquisa com 70 especialistas em pneus em 20 países do mundo feita pela empresa de consultoria Stratley Portfolio Performance Incorporated, a pedido da Lanxess – empresa líder do setor químico, com vendas de € 8,8 bilhões em 2011 – mostra que 85% das companhias do setor esperam por forte impacto da nova lei de rotulagem de pneus – que entrou em vigor na Europa em novembro passado.

Segundo esses especialistas, a rotulagem vai impactar de forma significativa os negócios no dia a dia, mesmo assim eles veem esse processo não como um problema, mas como uma oportunidade.

Em pneus cujos compostos se baseiam em sílica e borracha sintética, a rotulagem é vista como uma necessidade absoluta, destaca informe da Lanxess, ao retratar as disposições dos entrevistados na pesquisa.

Segundo a Lanxess, 32 dos entrevistados faziam parte da indústria produtora de pneus, correspondente a 84% do mercado mundial de pneus, com vendas de US$ 130 bilhões.

Um dos motivadores do estudo foi saber a visão das empresas em relação à rotulagem em um momento em que o setor – e grande número de consumidores – aposta nos chamados pneus verdes, de altíssima performance, mais econômicos, com mais baixo nível de desgaste ao rolamento, e, portanto, mais eficientes e ecologicamente corretos.

Em uma parte do estudo, a Lanxess destaca que a demanda por pneus verdes está sendo impulsionada pela introdução das regras de rotulagem de pneus em todo o mundo, incluindo o Brasil.

Segundo a empresa, o processo iniciado em 1º de novembro na Europa segue os passos do já foi feito no Japão, em janeiro de 2010, e na Coreia do Sul, de forma involuntária em novembro de 2011, mas que passa a ser obrigatório a partir deste mês de dezembro, naquele país.

Brasil e Estados Unidos, aponta a pesquisa da Lanxess, são os próximos da fila na adoção do sistema de rotulagem de pneus.

A Lanxess é uma das empresas pioneiras no desenvolvimento de polímeros e compostos para a indústria de pneus e vem trabalhando em conjunto com diversas companhias do setor para o aperfeiçoamento de seus produtos, a partir do uso de borracha sintética baseada no estireno-butadieno (SSBR) e no neodímio – composto que faz parte do grupo de terras raras, uma matéria prima usada em larga escala na coloração de vidros, fabricação de óculos de proteção a rubis sintéticos utilizados em lasers.

Pneus baseados nesses insumos, segundo a Lanxess permitem a confecção de produtos mais resistentes, seguros e econômicos, dentro dos padrões de pneus verdes patrocinados pelo processo de rotulagem.