Appa verifica água de lastro de 98% dos navios em Paranaguá
Administração vistoriou 98% das 1.111 embarcações que passaram pelo porto em 2017
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vistoriou 98% das embarcações nacionais e internacionais que atracaram em Paranaguá em 2017 para verificar se foi feita corretamente a troca oceânica da água de lastro, que é usada como contrapeso nos navios.
A medida contribui para proteger a biodiversidade local porque evita a contaminação do ecossistema das baías de Paranaguá e Antonina com espécies exóticas indesejadas, originárias de outros países e regiões do Brasil, destaca informe da agência de notícias do governo do Paraná.
De janeiro a dezembro do ano passado passaram pelo porto paranaense 1.111 navios, dos quais 1.088 foram verificados. Em contrapartida, em 2018 passaram pelo porto 405 navios. Destes, 395 já foram vistoriados e mostraram correto gerenciamento da água de lastro, de acordo com as normas ambientais que orientam a prática.
De acordo com o diretor-presidente da Appa, Lourenço Fregonese, o objetivo é que 100% dos navios que passem por Paraná sejam verificados.
“Desde 2013, quando a verificação começou a ser feita, as equipes da Appa aumentaram significativamente o número de embarcações monitoradas. Queremos que o Porto de Paranaguá continue sendo referência no cuidado com o meio ambiente e essa ação é extremamente importante para proteger os nossos recursos naturais”, disse.
Importância da ação
De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, a transferência de seres exóticos de um lugar a outro por meio da água de lastro foi indicada como uma das quatro principais ameaças aos oceanos do mundo. Quando uma espécie é transportada para um local que não é seu habitat natural, vários problemas podem ser gerados, causando desequilíbrio ambiental. Um exemplo de espécie exótica invasora é o mexilhão dourado (Limnoperna fortunei), originário da Ásia. Trazido pela água de lastro, o mexilhão dourado infestou o continente sul-americano e se reproduziu livremente por não ter predadores naturais. A presença desse organismo também destrói a vegetação aquática, disputa espaço e alimentos com os moluscos nativos, entope canos e dutos de água, de esgoto e de irrigação, obstrui as turbinas de usinas hidrelétrica, e compromete equipamentos dos navios.
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Redação Transportepress com dados da Agência de Notícias do Governo do Paraná