SP: greve dos caminhoneiros reduziu poluição em 50%.

Em duas estações – Ibirapuera e Cerqueira Cesar – emissões caíram à metade.

Apesar do transtorno gerado pela greve dos caminhoneiros – que afetou não apenas São Paulo, mas todo o país – um dado foi positivo: houve uma redução de 50% da poluição na capital paulista.

O número foi apresentado pelo diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP), Paulo Saldiva, durante encontro na Fapesp, na última sexta-feira.

O resultado chegou a impressionar os técnicos da Cetesb: em sete dias de greve as emissões em São Paulo caíram pela metade em duas estações – Ibirapuera e Cerqueira Cesar – do Sistema de Informações de Qualidade do Ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

Boa parte disso se deu como efeito da paralisação dos caminheiros, cancelamento de voos nos aeroportos, supermercados não fizeram reposição de produtos, a frota de ônibus foi reduzida e postos de gasolina pararam de funcionar por falta de combustível. As ruas da cidade de São Paulo desengarrafaram, destaca Saldiva.

Os dados diários sobre poluição atmosférica medidos pela Cetesb também mostraram aumento dos índices de poluição quando houve a liberação do rodízio, seguidos de uma forte queda após a falta de combustível e a redução de carros e a frota de ônibus nas ruas.

Com os dados da redução da poluição, a equipe de pesquisadores do IEA vai agora fazer uma análise mais completa do fenômeno e cruzar os níveis de poluição e de congestionamento com os dados diários de mortalidade e internações no período. O objetivo é medir o custo real da poluição.

“A poluição tem um custo alto em saúde. Existe a chamada perda de capacidade produtiva de uma população economicamente ativa, ou seja, quanto dinheiro o Brasil perde por uma fração produtiva da sua população morrer antes da hora estipulada”, disse Saldiva.

Da Redação da Transportepress com Agência de Notícias do Governo de SP

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