Resíduos: Brasil gerou 64 milhões de toneladas

Das 64 milhões de toneladas de resíduos sólidos geradas em 2012, 55 milhões de toneladas foram coletadas, refletindo aumento de 1,9% sobre o ano anterior.

O Brasil gerou em 2012 a soma de 64 milhões de toneladas de resíduos sólidos, o que equivale a uma geração per capita de 383 quilos/ano. Esse número representa alta de 1,3% em relação ao ano anterior e supera a taxa de crescimento populacional, que em igual período apresentou expansão de 0,9%.

Esses e demais dados fazem parte do “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012”, divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) nesta terça-feira, 28.

Segundo o estudo, o volume de recursos aplicados pelas administrações públicas cresceu 7% no ano passado, equivalendo a R$ 11,00 por habitante/mês. Apesar do aumento, a Abrelpe considera que os valores ainda estão longe de serem suficientes para o problema.

Das 64 milhões de toneladas de resíduos sólidos geradas em 2012, 55 milhões de toneladas foram coletadas, refletindo aumento de 1,9% sobre o ano anterior. Segundos os números da Abrelpe, a quantidade de resíduos que deixou de ser coletada chegou a 6,2 milhões de toneladas, número 3,0% inferior ao ano anterior.

Destinação

O levantamento aponta que o quadro de destinação final manteve-se praticamente inalterado em relação a 2011, já que 58% dos resíduos coletados, quase 32 milhões de toneladas, seguiram para destinação adequada em aterros sanitários.

Em relação à coleta seletiva, o estudo destaca que praticamente nada mudou de um ano para o outro. Em 2012, cerca de 60% dos municípios brasileiros declararam ter algum tipo de iniciativa nesse sentido – que muitas vezes resumem-se à disponibilização de pontos de entrega voluntária ou convênios com cooperativas de catadores.

Na visão do explica diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho, os estímulos das autoridades em favor da coleta seletiva e da reciclagem ainda são muito tímidos. “Apesar do esforço da população, pouco se avançou na última década. Isso mostra que o modelo utilizado precisa ser repensado e reestruturado se quisermos ampliar os índices verificados atualmente”, destaca.

Segundo Silva Filha também é preocupante o quadro de geração de Resíduos de Construção e Demolição (RCD), que vem crescendo significativamente ano a ano e, de 2011 para 2012, aumentou em 5,3%, chegando a 35 milhões de toneladas.

Esse volume tende a ser ainda maior, considerando que os municípios coletam apenas os resíduos lançados nos logradouros públicos.

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